ao ouvir as suites inglesas de bach
a humidade dos campos envolve-me
com uma névoa de rios
e uma auréola de margens
esta música puxa-me pelas suas mãos de som
para o ritmo que o poema devia encontrar
no limite dos teus cabelos
assim vens até mim
pelos degraus deste ritmo que bach inventou
para descrever não se sabe que dança
movimento com o vento
baloiço vago que se evola
de uma entrega evanescente
num canto de arbusto
até ao silêncio branco com que o amor se fecha
nuno júdice
8 comentários:
Ivone
já estás no meu Novembro.
obrigada pela visita.
beijos
Fuser
Obrigada pela visita Ivone, fui entrando, fui lendo , fui gostando. Saí do Judice lá e entrei aqui. Soube bem.
Um beijinho, noite feliz, volta sempre
LINDO POEMA
beijo e bom fim de semana
fuser
não será dezembro meu??
fica bem
gi
júdice sabe sempre bem demais.
bom começo de semana
kapikua
de júdice só sai coisa bonita mesmo.
bom resto de domingo
"Até ao silêncio branco com que o amor se fecha", vou ouvindo os acordes brandos tirados duns pés e mãos macios como a lã mais pura.
"para o ritmo que o poema devia encontrar" deslizo o olhar nas teclas suaves duma pernas transparentes que um violão descobre, carentes de um toque de vento que a brisa levou...
estes sons são celestiais!
Carla
amaral
tão bem como eu sentes as palavras de júdice.
já tinha saudades de te encontrar por aqui.
volta sempre .
bjs
carla
júdice inventa música de deuses.
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