Era uma vez um pintor que tinha um aquário com um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua cor vermelha até que principiou a tornar-se negro a partir de dentro, um nó preto atrás de uma cor encarnada. O nó desenvolvia-se alastrando e tomando conta de todo o peixe.
Por fora do aquário o pintor assistia surpreendido ao aparecimento do novo peixe. O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro, onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava.
Os elementos do problema constituíam-se na observação dos factos e punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor – sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro através do pintor. O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.
Ao meditar sobre as razões da mudança exactamente que assentava na sua fidelidade, o pintor supôs que o peixe, efectuando um número de mágica, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas, como o da imaginação. Era a lei da metamorfose.
Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou o peixe amarelo.
teoria das cores de herberto helder
fidelitas
fidelitate
fide
fido
fim
fiz
de
mim
o
que
não
quis
quis
fugir
e
imóvel
fico
quando
me
chegas
sem
aviso
e
me
dizes
que
devo
partir
sei
que
vou
ou
não
mas
não
tenho
como
ir
não
sei
se
um
dia
possa
não
estar
assim
sem
ir
nem
ficar
ou
voltar
a
ti
15 comentários:
Belíssimo! Bravo!
No fundo, arte. De ser.
Belíssimos este silêncios.
Agradecendo a visita... voltarei!
Beijinho
Adorei...
Ainda estou a pensar o porquê do amarelo:)
Bom momento de reflexão !
Deixo um beijo agradecido maravilhada pelo post:)
(*)
mais um brilhante!!!
momentos que não são de ir nem de ficar...que são momentos de nada até ao próximo momento de razão...se o houver...
talvez
a
mertamorfose
silenciosa
e
desconhecida
?
saltei cada pedra do teu rio...olhando as sombras que deixei...
um abraço agradecido
há tanto de mim que não quis e que se entranhou na minha pele...também eu viajo vezes sem conta entre o vermelho e o negro para depois me sentir amarelo
bjs
"...não sei se um dia possa não estar assim sem ir nem ficar ou voltar a..."(vir aqui) ler a ilustre Ivone
o silêncio reserva o mais requintado sabor da vida. No silêncio guardamos o nosso profundo ser.
Boa escolha,
amarelo é uma cor que significa calor, tranquilidade, reflexão. Agora fidelidade também:)
O quadro do teu coração...
É lindo, como tu.
Beijo doce
hoje vai ser resposta em pacote
desculpam_me?
o'sanji
maria josé
olhares
um momento
estrelaminha
s.
un dress
cm
carla
bloguemate
rui caetano
ana
um bem haja pela partilha
bem, estou mesmo maravilhado.. como diria o outro...
adoro por completo o teu blog. só é pena só ter descoberto agora... mas ainda fui a tempo!
uma completa maravilha... as imagens [sublimes] e todo o conjunto...
Beijo terno
baraújo
bem vindo
mais vale tarde que nunca
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