e o agora?
o agora não há.
no final do jantar uma amiga confessou_me que estava apaixonada. fazia uma semana. lógico que perguntei por quem. até conheço. nada de interessante. pensei. alguém que algum tempo achou que seria inevitável eu conseguir apaixonar_me também. azar. nestas coisas de paixão ou é ou não. não adianta forçar. é que não tinha nada a ver comigo. então para quê embarcar em aventuras que à partida não quero ter? nem no minímo interessante seria. a excepção seria o de em comum pintarmos e escrevermos. mas nem assim valeria a pena. para quê avançar nestas coisas de amor sem sentido. do lado oposto achei que era uma questão de solidão.
mas eu não combato a minha solidão com aventuras amorosas. nem com as desamorosas quanto mais.
além de ser tempo perdido nada se ganha a não ser uma grande ralação. e é um risco desnecessário. sai_se ainda mais magoada do que quando se entra. e mágoa por mágoa é preferível estar assim. sossegada.
faz muito tempo que não amo ninguém. faz muito tempo também que nada sinto por alguém. faz algum tempo também que combato o que possa vir a sentir. e nesta luta não há inimigo. nem batalha a vencer. limito_me a dizer não ao que sinto e talvez ao que possa vir a acontecer. mas sei que nada nunca me acontece. porque deveria? se eu continuo impávida e serena no meu canto à espera de nada. nada faço. nada digo. então como mudar o rumo das coisas?nem coisas há. nem rumo.
no final do jantar apercebi_me. e senti_me mal. fiquei com tamanha tristeza que era impossível continuar que conversa fosse. limitei_me a pegar no carro e a regressar a casa muito rápido. porque é que os outros tornam tudo tão fácil? em questões de amor será que a complicada sou eu? apetecia_me ser diferente. para variar. num dia que fosse só. e nesta batalha que travo não há armas. sinto_me desprevenida. e quando me sinto atacada fujo. tão rápido que todos ficam sem perceber o que se está a passar. nem eu o sei. quanto mais.
parece fácil. não o é. agora. e o agora? não há.
no final do jantar apercebi_me. e senti_me mal. fiquei com tamanha tristeza que era impossível continuar que conversa fosse. limitei_me a pegar no carro e a regressar a casa muito rápido. porque é que os outros tornam tudo tão fácil? em questões de amor será que a complicada sou eu? apetecia_me ser diferente. para variar. num dia que fosse só. e nesta batalha que travo não há armas. sinto_me desprevenida. e quando me sinto atacada fujo. tão rápido que todos ficam sem perceber o que se está a passar. nem eu o sei. quanto mais.
parece fácil. não o é. agora. e o agora? não há.
6 comentários:
...em fuga!
Carla
fugindo sim...
...e muito rápido
Fica...não fujas porque o agora pode sempre trazer supresas!
s.
desagora s.
não há surpresa se não há agora
compreendo perfeitamente o que dizes. mas fugir?
mesmo que às vezes seja necessária a distância, as surpresas existem.
(pelo menos quero acreditar nisso também :)
fernando pessoa
também quero acreditar que sim
também queria as surpresas mesmo à distância
enquanto isso vou fugindo que fazer?
e compreendes mesmo isto?
é que eu não
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