8.12.07

episódio musical







ao ouvir as suites inglesas de bach
a humidade dos campos envolve-me
com uma névoa de rios
e uma auréola de margens


esta música puxa-me pelas suas mãos de som
para o ritmo que o poema devia encontrar
no limite dos teus cabelos


assim vens até mim
pelos degraus deste ritmo que bach inventou
para descrever não se sabe que dança
movimento com o vento
baloiço vago que se evola
de uma entrega evanescente
num canto de arbusto

até ao silêncio branco com que o amor se fecha

nuno júdice



8 comentários:

Anónimo disse...

Ivone

já estás no meu Novembro.

obrigada pela visita.

beijos

Fuser

Gi disse...

Obrigada pela visita Ivone, fui entrando, fui lendo , fui gostando. Saí do Judice lá e entrei aqui. Soube bem.

Um beijinho, noite feliz, volta sempre

Kapikua disse...

LINDO POEMA

beijo e bom fim de semana

ivone disse...

fuser
não será dezembro meu??
fica bem

gi
júdice sabe sempre bem demais.
bom começo de semana

kapikua
de júdice só sai coisa bonita mesmo.
bom resto de domingo

Amaral disse...

"Até ao silêncio branco com que o amor se fecha", vou ouvindo os acordes brandos tirados duns pés e mãos macios como a lã mais pura.
"para o ritmo que o poema devia encontrar" deslizo o olhar nas teclas suaves duma pernas transparentes que um violão descobre, carentes de um toque de vento que a brisa levou...

Anónimo disse...

estes sons são celestiais!
Carla

ivone disse...

amaral

tão bem como eu sentes as palavras de júdice.
já tinha saudades de te encontrar por aqui.
volta sempre .
bjs

ivone disse...

carla
júdice inventa música de deuses.