31.7.07

os oito pecados mortais


os oito pecados mortais...

29.7.07

nocturnos

queria silenciar todos os gritos
com notas soltas
gritar os seus segredos
com notas sentidas
ausentar______me da minha escrita
sem notas ditas
ler______me nessa ausência
como num adagio
que me lesse o meu vazio
como num nocturno
esvaziar______me do teu olhar
como em sinfonias de clave sem sol

quero perguntar ao teu silêncio
quais as respostas por ti caladas

como em pautas des___ pidas por uma paixão sem_______ti...

18.7.07

4.7.07

3.7.07


destina_______________me

um amor

e arranca________me este nada
que teima em morar comigo

quero ir
onde nunca fui

ao silêncio da paixão...

quero perguntar ao teu silêncio
quais as respostas por ti caladas

dizem que as lágrimas são salgadas...

assim estou eu...

amarga
azeda
acre
cinza

e enquanto assim ando
e desando
vou andando
em passos perdidos e desatinados


doi_me o não te ter

tanto me doi que as palavras passem
tanto me doi a saudade
e tanto me doi de ti

doi_me a alma
doi_me a cor
doi_me a mim

a dor de ti

a força do meu desejo é imensa

mas doi_me o corpo
doi_me a alma
doi_me o tempo
de não te ver

revejo_te sem nada ver

o teu cheiro transporto_o comigo______sempre!

é insustentável permanecer_me

é insustentável permanecer_me

se a força do meu desejo é tão forte
porquê resistir a uma lembrança
de um tempo que nunca foi meu?

apesar disso pertences_me
mesmo ausente de certezas...

se a força dos meus sonhos é imensa
é porque algures num tempo
me pertenceste

o teu cheiro transpiro_o eu

mistura_se com a ausência
que teimas em permanecer

algures num momento que nunca nos pertenceu

mas insisto em permanecer_te...

se eu pudesse tomar conta dos meus sonhos...
não era insustentável permanecer_me

vertiginosamente

vertiginosamente

devoro as palavras surdas que me envias
e entre murmúrios ensurdecedores
largo_me de sons
que silencias em músicas

desvio_me de mim
algures num tempo que não existe

sobrevivo à conta de nadas e vazios
alimento_me de almas
e construo_te
e sobrevivo

vertiginosamente estou viva

tem dias assim...
cinzentos

onde nada é nada
onde o vazio me preenche
onde a alma é ferida

tem dias assim...
cinzentos

onde a ausência dos amigos me fere
onde a não existência de amantes
me é indiferente

tem dias assim
cinzentos

2.7.07

amo devagar os amigos que são tristes
com cinco dedos de cada lado
os amigos que enlouquecem
e estão sentados fechando os olhos
não os chamo
e eles voltam-se profundamente dentro do fogo

temos um talento doloroso e obscuro
construímos um lugar de silêncio

de paixão

herberto helder