29.3.12

até ao fim


até ao fim









e aí estás agora, arcanjo vencido. E não é fácil saber o que te venceu. A vida, a ilusão de a poderes dominar. Ou talvez eu que ta destruí, sem poder justificá_la para ti.
- Mas não penses que me comoves.
- Não penso.
- Sou senhor absoluto dos meus actos. Estou inteiro em tudo o que fiz.

a ideia da morte - mas eu não podia suportá_la, não pelo sofrimento que vinha nela mas por não caber nos limites da minha vida e de eu ir ali.


até ao fim de vergílio ferreira págs. 47 e 51




estava indecisa não sabia se havia de ir ou se devia ficar. meu amor minha amada meu anjo da guarda e a morte ali parada. filha da puta da malvada. querias-me levar e levei_te eu na certa porém de que não foste tu a pousar_me fui eu a desviar_me. não te fugi ainda caraças fiz_te frente desgraçada. sei_te encarar olhar_te cuspir_te na cara. andas_me a rondar sua parva mas aviso_te já: so quando me apetecer abraçar_te é que te abro os braços é que te puxo a mim é que te beijo na cara é que te levo para a cama para te abusar. sou eu que decido se te deixo pôr em cima de mim e não tu que me saltas para cima. meu amor minha amada meu anjo da guarda. estava decidida a ainda ficar.

1 comentário:

Luis Eme disse...

ainda bem que decidiste ficar, Ivone. :)