27.5.09





era esse o tempo em que nenhum rosto se parecia com o teu a mais bela mulher do mundo quando era o amor que definia o cânone da beleza e só tu entravas nesse patamar em que a respiração fica suspensa os olhos não se desprendem de outros olhos e mesmo que tenhas partido são eles ainda que guardo em mim como se o olhar que nos prendia um ao outro tivesse apagado o mundo do meu horizonte em que só tu cabias mesmo que não to tivesse dito e só não sabia era se tu sentias por mim o mesmo que eu sentia por ti que de tal forma me oprimia que nem queria saber o que tu na verdade sentias porque a verdade eram os teus olhos e os lábios que ao abrirem-se abriam o sorriso que me abria a vida onde só tu cabias até ao dia em que desapareceste para que eu não mais te visse até esse dia em que passaste por mim e só os olhos eram os mesmos fazendo com que anos cidades dias e noites insónias e dores se tivessem apagado entre mim e ti nesse breve instante em que revi os teus olhos e não mais te vi.






um antigo amor de nuno júdice














já não tenho dor. anestesiei_me de nada. todos me dizem: "estás mais magra" e começo a não me preocupar. o melhor é não pensar. não estar. não te ver. não falar. assim como que fechada passa_me o tempo devagar e não faço nada.








até quando?














fotos de oana mangiurea e katia chausheva

14 comentários:

oldmirror disse...

Quando virares a esquina deixarás de ver o que vinha atrás.

Luis Eme disse...

bem diz o MEC, o amor é fodido...

Unknown disse...

nada mais ouço na minha cabeça, a não ser essa pergunta

até quando?

A Coração disse...

Até quando... pergunta maldita. Há, pelo menos, sempre uma réstia de esperança esquecida atrás dessa pergunta. Um dia, quem sabe, o sol nascerá de novo.

anareis disse...

Estou fazendo uma campanha de doações para meu projeto da minibiblioteca comunitária e outras atividades para crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,preciso da ajuda de todas as pessoas de bom coração,pode doar de 5,00 a 20,00.Doações no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Que DEUS abençõe todos nos.Meu e-mail asilvareis10@gmail.com

Su disse...

até quando???????????????????????



jocas maradas de tempo

sou eu disse...

(estava com saudades de vir aqui)

Carla disse...

faço em mim as tuas perguntas...por isso gosto de te ler, de descobrir nas tuas palavras pedaços de sentires meus.

dizer-te do meu livro...In-finitos sentires que vão ser desenhados em papel
beijo

Anónimo disse...

A mim me parece que saudade do teu sítio é uma coisa comum aqui.
Eu também sentia.

D.

Freyja disse...

Cara Ivone,


Houve um dia que me esqueci de mim, deitei-me no nenufar da reconstrução, que na altura o julguei ser da rejeição, até ao dia em que me rebolei, farta de estar na mesmo posição, e caí no lago, gelado e só, de nenufares cheios de sombras e raizes obscuras.
Concluí depois, que caso não me tivesse fartado daquele longo momento de corpo enponjado, tería virado eu a raiz, do mal que tanto esmaguei, no meu pequeno almofariz, de sonhos e estrelas talhado.

Ganhei barbatanas e guelras e hoje em dia sou uma qualquer pesacada, em pleno mercado da Ribeira, à espera de uma qualquer fatia de uma qualquer carçada.

- A minha tem de ser bem passada, sff!
(Como não podia deixar de ser)

Prefiro a esperança de ser pescada, à possibilidade do eterno lodo da anestesia.


Já tinha saudades de "falar" contigo...


È certamente uma necessidade que tens de manter a (in)coerência que te habita, mas lembra-te que se ficares de braços cruzados muito tempo, morres de fome, como a princezinha da tua publicação...
Afinal, acreditas ou não no "prince charmed"??

Are you still here?!

Um beijo com cheiro a mar,

Moon_T disse...

não tens dor?
mas sentes?

apenas posso por mim falar
tambem um dia senti (ou des-senti talvez)
e tambem eu um dia me anestesiei
tambem eu, um dia, me deixei de preocupar.
até que o sangue que me devia correr nas veias me atravessava a garganta, me molhava os labios e pintava o chão.
Deixei de sentir, de ver, de falar, enfim... de estar.
Passou o tempo e o tempo passado levou-me 20kg... levou-me uma vida.
Até que um dia,
sem esperar,
sem nada,
Por detrás da insonia, vi.
Vivi.

Agora em vez de fechar e morrer e/ou viver. apenas vou saboreando e deixando-me morrer aos poucos.


ps.
Não sei se te fará isto sentido, mas garanto que é um desconhecido amigo que te fala. Não é prosa nem poesia, são palavras e apenas palavras de alguem que não interessa e como tal nada tem a ganhar nem a perder.




Continua

observatory disse...

in fact... cama graffiti

cama de vida e de morte

de festa

de voar



tu sempre encantadora e simpatica :)

Unknown disse...

E neste dia, sem te poder ver os olhos, vislumbro um pouco da tua alma... Quando o tempo não corre sobre nós, a vida passa ao largo.

Luis Eme disse...

emigraste mesmo, Ivone?

espero que não tenha sido para as terras dos véus...