9.6.12



9 de junho 20.00


mergulha-se na vida adentro e o mar envolve-me como se me chamasse para me dizer que é urgente voltar reaprender alguma coisa parecida com o de andar de bicileta. nunca se esquece desde que se aprende. este mar adentro  hoje é bem mais salgado. o mais salgado de sempre. levando-os à boca sem engolir e depois sem medo tive de engolir qualquer coisa parecida com amargoso com um amargososo  parecido com fazia vomitado.de seguida engoli. foi assim como esse ácido o ácido dos ácidos iniciasse a sua viagem començando por me corroer as entranhas.tão simplies quanto isso. apenas mais um gosto ácido dos muitos que ainda tenho para engolir. e ainha tenho de engolir tantos  engolir tantos. os de hoje pensei «já está estão» venham venham. sem medo. quantos são? é só uma questão de direção e de sentido.uma certeza   tenho «sei que não vou por ái».


resta acima de tudo
essa capacidade de ternura
essa intimidade perfeita com o silêncio
resta essa vontade de chorar diante da beleza
essa imensa piedade de mesmo
essa imensa piedade de sua inútil poesia
e sua força inútil
essa tola capacidade de rir à tola toa
resta essa faculdade icoercível de sonhar de transfigurar a realidade
que às vezes os poetas tomam de esperança
resta esse diálogo cotidiano com a morte
esse fascínio pelo menento a vir
quando emocionada ela me virá abrir a porta como como velha amante
sem saber que é a minha mais mas nova namorada.


in o haver vinicius de moraes/edu lobo

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